sábado, 12 de março de 2011

Vitrines

Templos de consumo
Assustam-me
Quero fugir
Mas não posso
Quantas luzes, imagens e cores
Confundem a cabeça,
Me perturbando.

Observo os idiotas
Babando diante das vitrines
Que vendem somente ilusão.
Ignorantes que sonham
Em ser como os modelos,
Sonham em ser plásticos e irreais.
Posso inalar
A podridão fétida
Disfarçada em brilhos, perfumes e slogans.

O acúmulo desnecessário
Cega
Os ratos humanos
Que insistem na infinita servidão
Mal sabem sua condição.
Tolos!
Que se entregam,
E vendem
Esquecendo de si mesmos.
Sociedade patética e vulgar,
Minha vontade é de em ti escarrar
Todo meu ódio.

Vivendo em minha realidade,
Busco meu mundo fantasioso
E me escondo
Imunizando-me do caos externo mundano.

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