sábado, 12 de março de 2011

Sob o slogan de libertação


Nas bandas do Éden
Que um dia foi Mesopotâmia,
Criou-se os números,
Magníficas construções
E as mais belas paisagens.

Hoje,
O solo cravado de cadáveres,
Um dia foi belo jardim.
O ouro negro cuspindo de seu interior
Com o vermelho se mesclou.
Sangue humano
De milhares que um sonho
Tinham em comum:
A paz numa terra onde
Sunnis, Xiitas e Curdos
Pudessem harmoniosamente viver.
Mas a limpeza étnica em larga escala
Talhou-os de sobreviver na luta fatídica de seus dias miseráveis.

Interesse,
Influência,
Invasores,
Vêem sucesso na destruição,
No extermínio
De um povo cansado de viver diante de um regime
Em que a minoria governa
Sob suas próprias leis
Ignorando a vontade comum.

Raposas difamam o real significado de Liberdade
E se lambuzam diante da fragilidade alheia.
Democracia dizem querer trazer.
Mas como?
Se seu próprio sistema falho decompõe-se por tanta podridão?

Todo império teve sua queda
E mais um breve cairá em desgraça.
Enquanto isso
Os oprimidos
Que um dia foram gigantes
Continuarão marcando com seu próprio sangue
A lamentável historia humana.

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