sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O padrão diz que é errado, mas a plenitude diz o contrário. O medo de vivenciar momentos mágicos trava o ser humano que vive imerso na pseudo liberdade. Eu prefiro arriscar e viver, a não viver por completo. Se queres vencer o mundo, vence a ti mesmo. Há momentos na vida que de repente o tempo pára e acontece a eternidade.

Teu julgamento não me afetará. A minha blindagem contra distúrbios externos manterá a realidade massante bem longe de mim. As sórdidas atitudes humanas provêm da ociosidade ilustrada e caprichosa do homem infeliz.

O homem ainda com a sordidez de valores vis entranhados em si, esquece que é feliz e tem medo da dor. Hoje, o homem ainda não é aquele homem, que um dia há de ser. A evolução, a plenitude do ser, a desmaterialização dos distúrbios carnais ainda atingirão seu grau de evolução. Antes ser um nobre pobre do que um pobre nobre. A humanidade necessita abster-se do materialismo cego e sentir a suculência do fruto do amor, tornando-o indispensável como o ar. O incessante equívoco na busca desenfreada por respostas vãs, ainda é tormento para a pequena alma humana.

Assim como a obra, que na alma de um poeta brota, devemos sentir a essência da felicidade na simplicidade das coisas e nela saciar a fome de vida e amor.

A MALTRAPILHA


Numa triste manhã de primavera, em que as árvores rangiam ao compasso descontente do vento, uma maltrapilha vive a epifania de seus pensamentos. Observando o naufrágio do dia através das águas barrentas dos momentos desperdiçados, lá vai ela falando para si mesma que “nada existe fora de nós, exceto um estado de espírito, um desejo de consolo e alívio”.
Ela se pergunta como os seres humanos ainda aceitam viver nessa mentira universal carregada de ilusões. Os cegos por conveniência optam por não ver como a vida pode ser simples. O mundo está cheio de homens covardes. Ela prefere viver como uma livre pensadora.

Por que somente ter e nunca dar? A vida deve ser vivida para trabalhar, amar e servir. Somos nossos próprios prisioneiros, perdidos no labirinto do jardim desconhecido, cheio de curvas e voltas.

Seus pulmões podem inalar o odor de miséria existente no mundo e sua alma sufoca na corrida emocional das eternas insatisfações carnais que turvam a clareza da fé. Na sarjeta de violentos sentimentos, ela passará pelo caminho da vida sem arrependimentos. Sua coragem clama por uma explicação não materialista da vida. Essa fome insaciável de poder que governa o mundo é a principal causa da injustiça humana.

Sua devoção servil pela vida real sabe que o que as pessoas dizem, a maneira padrão de vida, os modelos que devem ser seguidos, dinheiro, poder e beleza plástica são apenas tolas efemeridades que a humanidade insiste em se apegar. Para ela, “viver” no seu significado real é muito mais do que toda essa porcaria que nos é vendida a cada dia. Para este ser de aparência maltrapilha, a partilha, o amor, o trabalho para o bem comum e o respeito pela natureza são a pura essência da vida.

“Nada dura muito tempo”, diz ela andando pela rua e agradecendo por ser o que ela é. O  sol nasceu e mais dúvidas e perguntas tentando descobrir por que o mundo está em caos tão profundo não a incomodam. Ela apenas fará sua parte e viverá em seu mundo paralelo pacificamente, evitando ataques externos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Blissful moments spent with you


A magia de teu toque amaciou minhas mãos com a mais doce das ternuras. O arrepio contorceu cada célula de meu corpo, que sob a brisa calorosa de seu hálito, em meu pescoço emergiu. Como descrever um momento que a memória jamais esquecerá?
A saudável lembrança que guardo de ti e de nossos momentos, selará essa linda amizade. Ao teu lado, sinto-me feliz e protegida, como jamais sentira antes. Tens no esplendor de teus atos, a glória de tua natureza. E nela, quero inspirar-me.

Quero ser tua e de mais ninguém. Quero ao teu lado acordar e gravar em minha retina teu sorriso. O que virá não sei, mas a alegria do pouco, porém intenso momento desfrutado em teus braços acalma-me a alma, trazendo paz. Essa última possível somente com ti, que encontrei no meio da multidão tola de mascarados.

Tens o dom de saber tratar uma mulher, não ser falso e respeitá-la. Não és como os outros que se diferem apenas nas nuances físicas, mas que agem sob o mesmo script de retribuir o amor recebido com desprezo, abandono e humilhação.

Me perco em ti, e me acho. A simplicidade nos atos, palavras e pensamentos tornam teu dócil manto,um escudo para as tormentas externas que parecem não afetar-te.


All the beauty of life is made of light and shadow


I will not shoot myself, neither hang myself. I will go on living.

Violent emotions guide me. Through the passion of misery, I lay my disgrace on your bed and breathe the scarce air of solitude. Gazing at you, I find myself lost, don’t know where yet I am…the only thing I know is how an incessant growing pang at my heart feed my soul and rest my eyes. I will fast at wanting things or love from someone that doesn’t deserve it.

Once the sun has roused, now it is gone and never appeared in my life again. The dawn covers me in the shadow of emptiness. Anguish draws the lines of my body covered in worms.

How anxious is to live in a world so loathsome!

I rest my soul that reflects your existence. I shall pass through your thoughts like a briefly experience, and, like always, be forgotten. Though I forbid myself to believe in love, I plainly do and dream about it. Pity soul with a wounded heart follows the track leading to a point yet unknown. I will dull my veins of grace, the grace just to be alive and be able to live in this world.

In the swamp of empty feelings I drown myself into a dreadful scenario that paints my life in black and white. I feel scared of death, because of the love absence; otherwise, I would feel immortal.

I’m sick of being alone. I wanna deliver my body toyour softly hands How long am I suppose to wait and keep living such a miserable life? Dewy nights cover my face with hope, I wanna hear your whisper in my ear and fulfill my lungs with your love.

I can feel all this monstrous love for you growing from the deepest depth of my soul…but somehow I´ve became blind and it seems impossible for me to find out who are you. Do I even know you? Where the fuck are you? Why this feverous intensity to desire you so much insists if I barely know who are you?  

The one that bruise oneself on a sore place, makes it hurt even more. Through the rush of blood, I drain my scarce bag of bones in your soul and inhaled it. You ought to know how much pain you caused me.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

NÃO BEBAM COCA-COLA

Enceguecidos na insaciável busca da realização de nossos próprios fúteis interesses, transformamo-nos em meros lacaios servis do mercado, olvidando o coletivo, em que tudo deveria ser para todos. Mas que na verdade nada é para a maioria e tudo é para poucos.

O ser humano se acomoda e convive diariamente com a hipocrisia. Que não melhor estratégia de marketing que esta para alienar uma população, salvo exceções, mal informada e presa nas amarras do círculo vicioso sistêmico do mercado de capitais, onde a liberdade pregada é falsa e nunca existirá?

Como é bom debruçarmos sob os confortáveis lençóis do capitalismo, feitos com pena de ganso, produzidos pelas grandes organizações privadas e costurados por mãos famintas que clamam por um mínimo nível de subsistência!

Fomentamos a desgraça da desigualdade mundial ao consumirmos o desnecessário ferozmente, induzindo a incessante produção nefasta de bens de consumo inúteis que só fazem destruir o meio-ambiente e exaltar o poderio das nações imperialistas sobre os mais fracos.

A hipocrisia assim permeia minha vida e desfruto das tentações burguesas fúteis que de nada valem. Nado com a massa na lama podre das efemeridades tolas materiais da vida.

E a corrupção é inerente ao capitalismo. Para cada corrupto, há uma corporação por trás e um elemento do governo que ganha comissão por intermediar e facilitar o negócio.

“Em pleno século XXI, o sistema capitalista, no auge da sua produtividade, é incapaz de satisfazer plenamente as necessidades da população mundial por comida. O principal ponto do capitalismo é ignorar a necessidade real das pessoas. Prova disso é que ainda hoje as pessoas sofrem enormemente. Elementos da necessidade humana não podem ser considerados porque a natureza do nosso sistema é um crescimento sem limites e sem fim. .” István Mészáros


A QUEDA DO IMPÉRIO: O PODRE DEDO INTRUSO AMERICANO JÁ NÃO DITA MAIS AS REGRAS MUNDIAIS

A corrupção política e administrativa é a própria essência do governo americano. Os United States of America são uma soberania intangível. Só cumprem a lei que querem cumprir, violam direitos humanos sob a lei do “blank check” em que tudo podem fazer. Potência Ultra Imperial, fazendo o papel de juiz do mundo em nome de seus interesses e conveniências. O Estado Ianque ignora o princípio de igualdade legal das nações, instituindo uma “ditadura global do capital financeiro” – o unilateralismo da política internacional. As tendências insurgencionais terroristas tiveram como raiz os primórdios da fundação dos EUA que desde sempre, ignoram a soberania dos demais países e impõe, com o uso da força militar, suas vontades.

Com prepotência, arrogância e egoísmo, os EUA moldaram o mundo segundo sua imagem hipócrita de liberdade e democracia. Tais condutas tomaram forma mais sólida a partir da década de 80. As grandes corporações que surgiram nos EUA no século XIX passaram a influenciar partidos políticos e o processo de decisão com indiferença aos deveres públicos. Sua ascensão como potência econômica foi possível graças à política protecionista e expansionista adotada no século citado.

Os EUA se consolidaram, no século XX, como exemplo de desenvolvimento de um vasto truste capitalista, cimentando o caráter expansionista de exploração de países e territórios, antes dominados pela Europa. A indústria bélica americana fomentou a grande guerra, inundando seus cofres de dólares com odor de sangue humano. De devedores, passaram a ser credores do mercado europeu. 

Entre 1945 e 1947, durante a rebelião sionista, os EUA, que expressavam simpatia aos refugiados judeus, recusaram a entrada de mais judeus nos EUA e não ajudaram a solucionar o problema na Palestina. Com o apoio dos EUA, a Palestina foi partilhada e o Estado de Israel criado. Deu-se início ao incessante conflito árabe-judeu.

No período da Guerra Fria, EUA e União Soviética, apesar de incentivarem bandeiras políticas opostas, consolidaram sua hegemonia imperial exercendo influência sob os países aos quais tinham interesses em perpetuar seu domínio. Através de apoio às ditaduras militares instauradas nos países Latino-Americanos e política de intervencionismo, a potência imperialista cravou na história do século XX dos países dominados o seu importuno podre dedo intruso. Criou-se uma paranóia anticomunista, tentando evitar sua expansão. A CIA fomentava uma guerra secreta contra governos que contrariavam os interesses econômicos americanos ou que não aceitavam suas diretrizes políticas.

Através das Instituições como o FMI e BIRD, os EUA continuaram a modelar a estrutura econômica mundial de acordo com seus interesses, alimentando a crescente desigualdade social nos países de Terceiro Mundo. Suas políticas tendenciosas favoreciam somente o business world , ignorando as tensões sociais, enxugando o gasto público com educação e saúde, impedindo o auxílio aos preços dos produtos de primeira necessidade e exigindo a desvalorização da moeda. Os empréstimos internacionais constituíam o principal meio de subordinação dos países de Terceiro Mundo, dificultando seu desenvolvimento econômico.

Os governos dos EUA nunca respeitaram nem o Oriente Médio e nem a América Latina. A América Latina foi singularmente afetada pelas políticas do nefasto Tio Sam. Sob a égide do Liberalismo Econômico, os EUA incentivaram os governos autoritários ditatoriais de cunho militar nos países latino-americanos, que eram contra o comunismo. O temor de que outro Fidel Castro surgisse das militâncias revolucionárias latinas, levou os EUA a apoiarem o golpe de estado que retirou Salvador Allende, líder esquerdista no Chile, da presidência para que Augusto Pinochet ocupasse o posto, instaurando uma ditadura militar cruel no país. A influência Americana em território latino apresentava uma mecânica muito simples: produzir bens de consumo com bases criadas no Terceiro Mundo, onde a matéria-prima era abundante e a mão-de-obra barata. Os países do Norte concentravam mais de 90% da indústria manufatureira mundial e sua completa liberdade econômica e livre concorrência tendiam a acentuar a desigualdade entre as nações. Na década de 70, o cartel das grandes potências industriais se solidificou nos EUA, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália e Canadá.

No Oriente Médio, o regime repressivo e corrupto do Xá Reza Pahlavi, no Irã, na década de 70, teve amplo apoio dos EUA. A maioria xiita da população - 90% - não aceitou a introdução de hábitos e tradições da cultura ocidental num país predominantemente Muçulmano. A Revolução Islâmica, ocorrida em 1979, destituiu o Xá por Aiatolá Khomeini que inspirou movimentos fundamentalistas em todo o Oriente Médio e configurou os EUA como inimigo número 1.

A venda ilícita de armas dos EUA ao Irã, começou em meados de 1985 após o recebimento da aprovação do então presidente, Ronald Reagan, tendo Israel como intermediário. Reagan desempenhou um papel muito ativo desde o início da operação de venda de armas ao Irã, que com o lucro obtido no superfaturamento das vendas, financiou os contra-revolucionários na Nicarágua ao mesmo tempo em que respaldavam o Iraque. Este recebeu entre 1985 e 1990, mais de um bilhão em armas, tecnologias e munições como apoio à Guerra Irã-Iraque na década de 80. Armas químicas letais foram utilizadas contra os insurgentes curdos, que residiam ao norte do Iraque e iranianos, matando cerca de 50.000 pessoas. E como se não bastasse ao cúmulo do cinismo, condenavam o emprego de gás venenoso contra os curdos. O Departamento do Comércio americano autorizou a exportação de bactérias e material químico/biológico. E tal política, em favor do Iraque, contribuiu para a estabilidade regional do Golfo Pérsico, assegurando os interesses privados da potência Ianque: proteção às reservas de petróleo e contenção da militância islâmica. A CIA encorajou a Jihad, manipulando o fundamentalismo islâmico em função de seus objetivos geo-estratégicos, empenhados em conquistar o controle sobre os recursos enérgicos. Depois de apoiarem financeiramente os Talibãs contra a invasão das tropas soviéticas e na tentativa de isolar o regime xiita no Irã, sentiram na pele a mordida do monstro que eles mesmos criaram.

O anti-americanismo tomou forma no Oriente Médio principalmente pelo apoio dos EUA a Israel e resistência à imposição de uma cultura ocidentalizada que ia contra os princípios islâmicos. A partir de meados da década de 70, diversos atentados terroristas foram deflagrados e os EUA combateram o terrorismo com terrorismo, através de subversões políticas, assassinatos e derrubada de governantes que iam contra seus interesses, ataques aéreos, raptos, embargos, intervenções militares, bloqueios econômicos, dentre outros em prol da “democracia, liberdade e justiça.” Em diversas partes do mundo, grupos revolucionários foram criados, dando origem a atentados e movimentos insurgentes: ETA - Espanha; IRA - Irlanda; RAF - Alemanha Ocidental; FARC - Colômbia; Brigate Rosse - Itália; Exército Vermelho - Japão. Nos anos 80, depois que a onda da extrema esquerda, adepta do terrorismo, havia praticamente cessado na Europa, a insurgência islâmica floresceu, com o aparecimento de várias organizações, entre as quais o Hizballah - Líbia, sustentado pelo Irã e o Hamas.
 
As “Intervenções Humanitárias” em guerras civis entre outras nações sob o falso pretexto de assegurar o bem e a liberdade da humanidade, massacraram milhares de vidas na gula política e econômica de saciar seus interesses privados. Na Guerra dos Bálcãs, em que os EUA bombardearam a Sérvia, por esta não ter reconhecido a soberania de Kosovo e a Guerra no Vietnam do Norte, cuja vitória dos Viet Congs cravou um rombo na economia americana. Com o intuito de conter o avanço do comunismo, os EUA desencadearam uma Guerra, sob o pretexto de um contra-ataque forjado pela sua própria sabotagem terrorista. Milhares de vidas foram perdidas, cidades bombardeadas, e a utilização de armas químicas/biológicas perpetuaram o slogan Ianque de “Strength! More money for bombs! MORE POWER! We´ve got to be number one!” Em 1990, na Guerra do Golfo, Saddam invadiu o Kuwait, uma das regiões mais produtivas de petróleo do mundo. Os EUA deram apoio militar à Arábia Saudita, que tentara impedir o sucesso das tropas iraquianas, e ao Kuwait, derrotando o Iraque. E o embargo decretado contra o Iraque, após a Guerra do Golfo, continuou através da década de 90 e concorreu para que cerca de 500.000 iraquianos civis morressem de má nutrição, enfermidades e falta de medicamentos adequados.

Os interesses dos EUA no Oriente Médio eram vitais, não só pelas jazidas de petróleo, como bases militares estratégicas instaladas na região. A disposição em atacar o Iraque sob a alegação de lá haver armas de destruição de massa, fora na realidade intuída pelo interesse em derrubar Saddam, substituindo o regime opressor por um que facilitasse a inserção dos interesses dos EUA.

Com a retirada do Estado na Economia e globalização do capital, os países mais vulneráveis às imposições das Super-Potências, automaticamente tinham que se submeter às forças do mercado - poderosas corporações, sendo sua maioria, americanas. Os países de Terceiro Mundo, enfraquecidos diante do crescente crescimento de sua dívida externa juntamente com a crise econômica, renderam-se ao suporte financeiro americano, sob imposição de ter que ceder às condições do Império de ajustarem suas políticas aos âmbitos neoliberais de forma a favorecer as Instituições Financeiras americanas.

A crise econômica na América do Sul decorreu principalmente pelas políticas neoliberais, implantadas com base no Consenso de Washington. Uma democracia dificilmente sobrevive num sistema econômico não produz meio de subsistência adequado que atenda à maioria populacional. A dívida externa dos países latino-americanos se agigantava cada vez mais e com a privatização de estatais, o controle de capitais foi passado às mãos de estrangeiros.

Nas últimas décadas, o gasto dos EUA com armamentos nucleares excederam o total da soma das despesas com educação, treinamento, emprego, serviços sociais, dentre outros. Sua riqueza não fora bem distribuída, fazendo com que 1% da população controlasse 40% dos ativos da nação, enquanto que cerca de 12% da população vivia abaixo da linha de pobreza..

Em 2000, George W. Bush ganhou a presidência dos EUA, mediante golpe judicial. Suas conexões políticas eram altamente favoráveis e valiosas ao business world. A tragédia de 11 de setembro serviu como pretexto para invasão do Iraque, que nada tinha a ver com o ataque da Al-Qaeda, liderada por Osama Bin Laden. A invasão contra o Iraque, já estava há muito tempo nos planos de Bush filho, que ansiava a expulsão do ditador Saddam Hussein para facilitar a servidão do país aos interesses americanos. Alegando possuir armas de destruição em massa e de abrigar e treinar militantes da organização Talibã, o texano conservador, invadiu o Iraque, juntamente com o suporte de Tony Blair – Inglaterra – destituindo Saddam do poder, humilhando o povo iraquiano ao destruir suas cidades, matando civis inocentes e desordenando a política do país. Milhões foram gastos numa Guerra descabida que além de arruinar o Iraque, exacerbou o sentimento antiamericano mundial.

As torturas ocorridas em Abu Ghraib(Iraque) e Guantánamo(Cuba) contra os presos, supostamente terroristas, foram cinicamente ocultadas pela cúpula da Casa Branca, leia-se, Cheney, Bush, Rumsfeld, Rice e CIA. A maioria dos suspeitos ali mantidos sob condições desumanas, eram inocentes.

Com a saída de Bush e entrada de Barack Obama Hussein, a guerra continuou sem ganhos e com muitas perdas. A crise financeira americana e a problemática da “Health Care” formam a ponta do cume que direciona o Império ao declínio. Os países emergentes, BRICS – Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China, principalmente esta última, hoje, ofuscam o brio do poderio americano, que aos poucos, se desfalece diante das próprias armadilhas impostas pelo sistema capitalista.

GOD BLESS AMERICA



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Em suas cartas aguardo o amor ainda não vivido

Dois corações solitários unem seus espíritos para protegerem-se contra os infortúnios desprezíveis da vida que moldam a face humana.

Não entregar-se cegamente ao desvario de uma paixão incandescente, é preservar-se de modo a degustar paulatinamente as delícias de viver um grande amor. Afogar em inúmeras decepções, é dissolver a preciosidade do tempo em dores e aflições inúteis que nos marcam a alma ainda ingênua e inexperiente.

Dores, tristezas e solidão se fazem necessários para o amadurecimento diante das situações desagradáveis que a vida constantemente nos apresenta.

A leviandade provinda nos atos sórdidos do sexo masculino, que despreza “aquilo que pensa amar”, transforma a solidão da desgraçada mulher em livramento das amarras humilhantes as quais esta é submetida. Sua ascensão como ser sublime e independente o faz, um dia, bater em sua porta novamente que, apesar dos perigos vindos de fora, sempre estará aberta para oferecer-lhe proteção.  

Nestor

Nestor se encontra enfermo
Muito enfermo de amor.
Por ela
Ai dela! Que não o quis mais
E o trocou por Tomás.
O garotão da rua 15
Cheio de malandragem
Lá daquela esquina detrás.

Nestor
Se encostou em seu canto
E num pranto contido
Chorou pela ingrata
Que tanto fora amada
Pela bela besta quadrada.

Nestor
Nestor
Quis sua dor aniquilar
E, num ato desesperado,
Foi dela se vingar.
Mas chegando lá,
Tomás, que gostava de lutar,
O surrou
E quase o matou!

Nestor
Nestor
Nestor
Quanta desilusão!
Nesse coração humilhado!
Açoitado,
Traído pelo amor
E vencido pela dor.

Nestor!
Nestor!
Nestor!
Nestor!
Onde vais com tanta pressa?
E ele correndo depressa foi.
Tarde demais.

Foolish


Mais uma vez, fora ele afogado no desgraçado mar de lama. Lágrimas de remorso fertilizaram o ódio de ter exposto tão cegamente tua carne sobre outra. Mais uma que o  deixou à míngua na sarjeta da solidão. Esperança vã num alguém que sob a carapuça de boa moça, esconde uma negra alma egoísta. Dessa vez, disse ele, “não deixarei a dor me consumir, destruindo minhas células que clamam por vida. Tu, mulher ingrata, mereces somente minha indiferença e desprezo”.
Do casulo repugnante, onde a larva se aconchega, nascerá uma linda borboleta, ávida por merecer o que é de certo seu e que já lhe fora prometido. Na lei divina de ação e reação, os atos sórdidos e cínicos da mulher vil, a trarão a inevitável infelicidade. Ser o causador de sofrimento alheio é pior que ser a vítima de tamanho infortúnio.
Assim, envolto no torpor de sua dor, disse ele um dia: “Buscarei o amor na vida e em seus ínfimos prazeres escondidos e nunca mais, porém, hei eu, de buscá-lo num qualquer outro alguém”.

Alice in the wonderland

Alice in the wonderland     

Não
Não quero sentir-me presa.
Minhas asas brutalmente ceifadas,
Se perderam num destino qualquer.

Já não posso mais
Embevecer-me dos mais altos voos solos
E respirar liberdade.

O que resta de mim?
Se não lamentar por ser
Mais um rato engolido pelo sistema
E subordinado ao monótono ramerrão do massante day by day?

Saudade
Da minha liberdade,
Da ausência dos ruídos das máquinas queimadoras de combustão.
Da neve,
Do lago,
Do sol
E do mar.

Ideologia,
Hoje apenas um retrato perdido;
Posso inalar o cheiro da miséria.
E nas convenções emocionais dispensadas,
Que jorram no meu peito em carne viva,
Me rendi à razão,
Que se deixou levar pela sedução do escambo monetário,
Pressionada pelo homem primata que é o que não quer ser.

Melancolie
Je conçois très bien.
Nostalgie,
Permettez-moi
Olvidame para todo sempre
Já não a suporto mais.

Sou mais uma errante
Nesse mundo de covardes
Que esquecem de seus sonhos
E deixam o medo lhes serralharem os olhos.

As ruas já não são mais limpas
As árvores já não dançam mais sob o sussurro da leve brisa vinda do mar.
As ondas já não me fazem ninar.
E o sol,
Que não vejo mais;
Me abandonou
Na terra dos cangurus que falam uma língua enrolada.

Volte,
Assim rogo!
Trazei abrigo
Para esse coração desprotegido!
No consolo calado
De minha tristeza
E eterna insatisfação,
Mergulho na certeza de minha infinita incerteza
Perdida no vazio de minhas aflitas emoções travadas.

segunda-feira, 28 de março de 2011

LIMPEZA DA CHAMINÉ/ CHIMNEY CLEANING

A mais solitária das solidões é aquela que precede o medo de enfrentá-la novamente. A angústia abafada, sobre o túmulo calada, exala na subconsciência o temor da verdade. Verdade essa necessária de ser enfrentada e aprofundada. Na película turva mundana, o real se esconde sob a ilusão transitória da felicidade de se ter o ser desejado e não do desejo em si.

A parcial liberdade humana é moldada de acordo com as aspirações do convívio social. Somos escravos da busca incessante pela conquista da satisfação e aprovação alheias. Essas últimas, vulgares e tórridas.

O isolamento se faz necessário para irrigar a cinzenta massa cefálica de ideias e verdades da alma que, farejando desesperadamente encontrar refúgio para dor, escora-se num outro alguém fantasma e fantasioso presente no recente passado já distante e num futuro qualquer. Mas não presente agora, o real, o tocável momento que clama por ser vivido, mas que esquecido é.

Ama teu destino e nele busque o “desejar aquilo que é necessário e depois ame aquilo que é desejado”. Inimigo do tempo, o envelhecimento, embevecido no esquecimento dos fatos e emoções não vividos se deleita diante do desespero humano.
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CHIMNEY CLEANING

The loneliest of loneliness is the fear that precedes facing it again. The muffled anguish, over the silent grave, exhales into the subconscious the awe for the truth. Truth in need to be addressed and deepened. In the cloudy pellicle mundane, the real is hidden under the transient illusion of happiness to have the desired one and not the desire itself.

The partial human freedom is shaped according to the aspirations of social life. We are slaves of the endless search for winning the satisfaction and approval of others. The latter, vulgar and torrid.

The isolation is necessary to irrigate the cephalic gray mass of ideas and truths of the soul, that sniffs desperately to find shelter for pain, bracing itself on someone else - a ghost and fantasy -  present in a recent past and in a unknown future. But the moment cries out to be lived, now, the real and touchable moment that is forgotten to be lived.

Love your destination and seek to desire what is needed and then love what is desired. Enemy of time, the aging, enraptured by the wayside of the facts and non experienced emotions are delights of human despair.

sexta-feira, 18 de março de 2011

RECADO À MULHER AMADA QUE FORA PERDIDA/ MESSAGE TO A LOVED WOMAN WHO IS GONE

Na batalha cotidiana do existir, enfrento meu eterno conflito interno de intolerância a solidão. É como se não existisse vida no momento. A matéria morta compõe o cenário preto-e-branco. Os estímulos antes enérgicos, hoje pulsam em ritmo letárgico. Minha mente adormece num sono profundo que me leva ao irreal, fazendo-me feliz. Mais uma escapa de minhas mãos e o sabor amargo da perda, penetra lentamente cada poro de meu corpo. Viver aqui se torna cada vez mais insuportável, as pessoas são patéticas e não há nada para fazer.Encontro refúgio em meu canto, onde posso aliviar minha aflição e encontrar paz.
Não me deixe, mas você assim o fará. Não quero dizer adeus mais uma vez, na certeza de que nunca mais a verei. Sentirei saudades de sua companhia e sofrerei ao vê-la partir. Mas se nossos caminhos seguirão distâncias opostas, assim o seja.
Sua matéria encontrará o prazer efêmero em outros corpos e a euforia da ilusão carnal passará num piscar de olhos. Imaginar mãos alheias a tocando e sua boca beijando, torturará meu imaginário que sonha e contempla sua forma que tão longe de mim está. Seguirei assim minha trilha, confiante na alegria de voltar para casa, lugar onde encontrarei o calor dos que amo, para reabastecer minhas forças e luta continuar.
Já me acostumei com sua ausência e aos poucos vou me desprendendo de sua carne que lentamente apodrece em minhas mãos. Meus pensamentos voltam para você, pois não há outro ou nada. Nessa vida vazia a qual me encontro, preencho expectativa vã num futuro inexistente e enterro as lembranças de um passado recente no buraco da minha alma. Os dias tornam-se mais felizes quando posso enxergar o começo do fim.
Sinto angustiado ao lembrar-me do quão longe estou de você e minhas entranhas clamam por senti-la próxima de mim. Sinto o remorso infiltrar minha derme matando cada célula de minha carcaça corpórea.  Deixei para trás seu caloroso ninho para entregar-me ao mundo e nele aventurar. Eis aí o alto preço que pago: ter que conviver com minha eterna insatisfação e desespero. Queria poder controlar as fortes emoções desse coração idiota, mas infelizmente sou guiado por elas.

In the daily battle of existence, I face my eternal internal conflict of intolerance to loneliness. It is as if no life existed at the time. The dead matter composes the black and white background. Stimulus before energetic, is now pulsing in a lethargic rhythm. My mind drops out into a deep sleep which leads me to the unreal, making me happy. Another one slips away and the bitterness of loss slowly penetrates every pore of my body. Living here is becoming more unbearable, people are pathetic and there is nothing to do. I find refuge in my corner where I can ease my sorrow and find peace. 
Do not leave me, but you will do so. I don’t want to say goodbye once more, in the certainty that I´ll never see you again. I will miss your company and suffer to see you leave. But if our paths will follow opposed distances, so let it be
You will find pleasure in other bodies and the fleeting euphoria of carnal illusion will pass in the blink of an eye. Imagine alien hands touching you and kissing your mouth, torture my imagination that dreams with your shape that is so far from me. Now, what is left is just follow my trail, confident in the joy of returning home, where I'll find the warmth of love, to replenish my strength and continue struggling.
I'm getting use to your absence and I'm slowly getting rid of your flesh that slowly rots on my hands. My thoughts turn to you because there is no other or anything. In this empty life which I find myself, I'll fill vain waiting on a non-existent future and the memories of the past on the pit of my soul.The days become happier when I see the beginning of the end. I feel distressed remembering how far you are and I cry my guts out just to feel you closer. I feel the regret infiltrating my dermis killing every cell of my carcass. I left behind your warm nest to deliver myself to the world and venturing into it. Behold the high price paid: having to live with my eternal dissatisfaction and despair. I wish I could control the emotions of this idiot heart, but unfortunately I am guided by them.

MUMFORD & SONS - WINTER WINDS

http://www.youtube.com/watch?v=_KCg_QEHtkY

terça-feira, 15 de março de 2011

Na sabedoria dos Deuses busco inspiração/ In the wisdom of the Gods I seek for inspiration

A profunda sabedoria da Mitologia Grega
Está presente nas entrelinhas de cada ação cotidiana.
A mágica do mistério da vida
Tão facilmente representada por seus Deuses
E em seus apelos aos sentidos.

Afrodite,
Deusa de minha inspiração!
Trazei-me o amor!
Essa arte indecifrável
Cuja essência
Esta contida na alma.

Tu, minha Deusa querida,
Que traduziste
O significado da sensualidade
Numa flor ninfa
Que exala o sublime perfume
De duas almas afins.
O charme transcendental
Da união da carne,
Da paixão.

Artemis!
Sinto-me como ti,
Devotada para minha própria vida
Concentrada em meu próprio eu,
Já que não há outro
Nesse mundo solitário ao qual me encontro.

Quero a sensação do vôo livre,
Sublimar esferas psicodélicas
E inalar a pureza do amor espiritual
Num ritual
Cujo clímax eleva minha mente
Ao nirvana.

Mestres do alto,
Nesse coração dilacerado
Pelas aflições da alma
E angustiado de tanta solidão,
Eu vos rogo
Trazei-me de volta a alegria de viver.

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 In the wisdom of the Gods I seek for inspiration

The profound wisdom of Greek Mythology
Is present between the lines of every daily action.
The magical mystery of life
So easily represented by their Gods
And on their appeal to the senses.

Aphrodite
Goddess of my inspiration!
Bring me the love!
This indecipherable art
Whose essence
Is contained in the soul.

You,
My dear Goddess,
Translated
The meaning of sensuality
In a nymph flower
Which exudes sublime perfume!
Two soul mates.
The transcendental charm,
The union of the flesh,
Passion.

Artemis!
I feel like you,
Devoted to my own life
Concentrated on me,
Since there are no other
In this lonely world in which I find myself.

I want the sensation of free flight,
Sublimate psychedelics spheres.
And inhale the purity of spiritual love
On a ritual
Which elevates my mind to the climax
Of nirvana.

Masters of the High,
In this wounded heart
By afflictions of the soul
And anguish of loneliness,
I beg
Bring me back the joy of living.

It’s time to say goodbye my dear

O final amargo chegou
E a náusea consome meu estômago
Poderia ter sido diferente
Mas não foi.
Agora
Derramar lágrimas é desperdício
Já é tarde
O laço se desfez
Brutalmente
E o adeus
Selará o que resta de nós dois.

Sobre os pedregulhos
Caminho lentamente
Até sua sepultura
Para enterrá-lo de vez
E poder minha vida viver.

Sua imagem, porém,
De minha mente
Nunca se apagará.

Cansei
Desse jogo de perdas e dor
Suas atitudes
Destruíram a paixão que tinha por você
E o excremento
Do que restou
Hoje é adubo
Para dar vida ao solo odioso que por você cresce.

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It’s time to say goodbye my dear


The bitter end came
And the nausea consumes my stomach
It might have been different
But it was not.
Now
Shedding tears is a waste.
It's too late.
The tie was broken
Brutally
And goodbye
Seals what is left of us.

On boulders
I slowly walk
To his grave
To bury for the last time our disgrace
And be able to live my own life.

His image, however,
From my mind
Will never be wiped off.

I´m sick
Of this game of loss and pain.
His attitudes
Destroyed the passion I had for him.
And the excrement
Of what was left
Today fertilizes
The odious ground that for him grows.