quarta-feira, 18 de maio de 2011

Alice in the wonderland

Alice in the wonderland     

Não
Não quero sentir-me presa.
Minhas asas brutalmente ceifadas,
Se perderam num destino qualquer.

Já não posso mais
Embevecer-me dos mais altos voos solos
E respirar liberdade.

O que resta de mim?
Se não lamentar por ser
Mais um rato engolido pelo sistema
E subordinado ao monótono ramerrão do massante day by day?

Saudade
Da minha liberdade,
Da ausência dos ruídos das máquinas queimadoras de combustão.
Da neve,
Do lago,
Do sol
E do mar.

Ideologia,
Hoje apenas um retrato perdido;
Posso inalar o cheiro da miséria.
E nas convenções emocionais dispensadas,
Que jorram no meu peito em carne viva,
Me rendi à razão,
Que se deixou levar pela sedução do escambo monetário,
Pressionada pelo homem primata que é o que não quer ser.

Melancolie
Je conçois très bien.
Nostalgie,
Permettez-moi
Olvidame para todo sempre
Já não a suporto mais.

Sou mais uma errante
Nesse mundo de covardes
Que esquecem de seus sonhos
E deixam o medo lhes serralharem os olhos.

As ruas já não são mais limpas
As árvores já não dançam mais sob o sussurro da leve brisa vinda do mar.
As ondas já não me fazem ninar.
E o sol,
Que não vejo mais;
Me abandonou
Na terra dos cangurus que falam uma língua enrolada.

Volte,
Assim rogo!
Trazei abrigo
Para esse coração desprotegido!
No consolo calado
De minha tristeza
E eterna insatisfação,
Mergulho na certeza de minha infinita incerteza
Perdida no vazio de minhas aflitas emoções travadas.

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