Mais uma vez, fora ele afogado no desgraçado mar de lama. Lágrimas de remorso fertilizaram o ódio de ter exposto tão cegamente tua carne sobre outra. Mais uma que o deixou à míngua na sarjeta da solidão. Esperança vã num alguém que sob a carapuça de boa moça, esconde uma negra alma egoísta. Dessa vez, disse ele, “não deixarei a dor me consumir, destruindo minhas células que clamam por vida. Tu, mulher ingrata, mereces somente minha indiferença e desprezo”.
Do casulo repugnante, onde a larva se aconchega, nascerá uma linda borboleta, ávida por merecer o que é de certo seu e que já lhe fora prometido. Na lei divina de ação e reação, os atos sórdidos e cínicos da mulher vil, a trarão a inevitável infelicidade. Ser o causador de sofrimento alheio é pior que ser a vítima de tamanho infortúnio.
Assim, envolto no torpor de sua dor, disse ele um dia: “Buscarei o amor na vida e em seus ínfimos prazeres escondidos e nunca mais, porém, hei eu, de buscá-lo num qualquer outro alguém”.
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